Acendei em nós o Círio da Fé!
“O Reino dos Céus é semelhante ao tesouro escondido num campo; um homem o acha e torna a esconder e, na sua alegria, vai, vende tudo o que possui e compra aquele campo” (Mt 13, 44)
A
palavra “Círio” remete à uma grande vela - Círio pascal – ou, uma procissão
luminosa em que se carregam velas. Para os paraenses, o Círio remete à grande
procissão religiosa em que os devotos de Nossa Senhora de Nazaré expressam todo
o seu amor por sua Mãe do Céu. Este ano, o Círio é vivido de modo diferente,
sim, teremos o Círio, sim. Não virtual, mas real! No entanto, parece ser um
sinal o fato de vivermos grandes momentos da nossa fé de modo virtual, quando o
jovem Carlo Acutis é beatificado, grande evangelizador que usava a Internet
como um meio de propagar o Reino de Deus. A sua pureza e profundo amor por Deus
e por Nossa Senhora é uma luz para a nossa vida. A santidade é possível para os
que a desejarem! “Pedi e vos será dado; buscai e achareis; batei e vos será
aberto” (Mt 7,7).
A
Oração do Círio diz assim: “Pai eterno, Vós nos destes de presente a Virgem de
Nazaré, Mãe de Jesus Cristo, Mãe da Igreja e nossa Mãe. Unidos a Maria, pedimos
com confiança: envolvei-nos com laços de amizade e com cordas de amor,
trazei-nos para perto de vós, de Jesus Cristo e do Espírito Santo. Acendei, ó
Pai, em nossos corações, o Círio da Fé, da Esperança e da Caridade (...)”. De
fato, o último presente de Jesus para nós do alto da Cruz, foi aquele que nós
em nossa natureza humana, tão frágil, talvez mais precisasse: uma mãe, a Sua
própria Mãe, nossa Mãe. E, sob a égide dessa grande defensora que é a Virgem
Maria, cada um de nós pode elevar o coração ao alto e agradecer tão grande dom,
sermos filhos de Deus e filhos de Maria. Cristãos, católicos e paraenses.
Queiramos ou não, e que todos queiram! Nascemos sob a proteção da Virgem, e por
isso nosso coração se enche de amor, ternura, afeto ao falar da nossa querida
Mãe. Enfrentamos uma grande tribulação, e é um período ainda de muita
dificuldade, e é neste estado em que somos chamados a não irmos a Emaús, mas
permanecermos em Jerusalém (Lc 24, 13-35). Permanecemos, mas não sós. Unidos à
Maria, no Cenáculo do seu coração, que se expande e carrega junto de si todas
as nossas dores, assim como carregou as dores do Seu Filho chagado, juntos
esperamos a libertação, que já vem para quem soube ressignificar a vida, em
unidade na família, com maior amor aos sacramentos, à Igreja, em permanente
oração. Pedimos ao Pai “envolvei-nos com laços de amizade e com cordas de
amor”, e o Espírito nos fala neste tempo pelo vigário de Cristo, o Papa
Francisco, que quis anunciar ao mundo que sejamos Fratelli Tutti, ou
seja, todos irmãos! Se os fiéis não estão nas ruas, mas com os seus corações
acesos pela Fé, Esperança e Caridade, estão todos unidos e é assim que deve ser
sempre! Todos irmãos, faz parte do ser católico, o olhar atento ao próximo, o
silenciar, o perdoar e o entregar tudo à Deus!
São
Luís Maria Grignion de Montfort nos diz que Deus reuniu todas as graças, tesouros
e os seus bens e chamou de Maria. Ela é como este tesouro escondido no campo,
onde tudo que o mundo nos oferece empalidece ante à beleza, magnificência,
humildade, santidade desta que é a obra-prima de Deus, por isso vendemos tudo e
compramos esse campo onde podemos repousar nossas dores, no seu Imaculado
Coração encontramos refúgio e como crianças pequenas balbuciamos com confiança:
Mãe!
Bela reflexão! "Fazer da nossa vontade, a vontade de Deus..." Molda-nos Senhor!
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